<Bia Singer> I gotta have faith
Amigo de vidas passadas (tenho certeza), me fala mais desse deus. Esse que você escreve com letra maiúscula e eu ainda não consigo. Esse que nunca começa minhas frases ou termina minha sentença. Esse a que ainda olho de soslaio. O que você vê que eu não consigo? Como é o sorriso de deus? Como é a dádiva da fé? Você pode mandar um recado para ele por mim? Diga que também mereço os óculos através dos quais poderia enxergá-lo. Diz que carrego aqui no peito uma bola transparente e energizada que está encapsulada esquentando meu peito enquanto não descubro a senha que abre sua porta e deixa a espiritualidade entrar. Diz que eu adoraria conhecê-lo, e que ele adoraria me conhecer.
Sei que vai dizer que digo bobagens. Que ele me conhece porque foi ele quem me criou. Mas eu não acredito nisso. Se ele me criou, mas nunca olhou nos meus olhos abertos, então não vale. Ele não sabe quem sou. Os olhos não são as janelas da alma? Então. Ele nunca olhou por esta janela. Enquanto me debruço, do lado de cá, para ver se ele está a caminho.
A sensação que tenho é de que ele só aparece no milésimo segundo que dura a piscada de meus olhos. Ou que ele está sempre no meu ponto-cego. Ou que ele só me vê dormindo e me debatendo para fugir dos sonhos na cama. E assim não vale. É como se não existisse. Nem sei como aceitaram publicar meu livro se ele tem o apoio do Departamento de Teologia e Ciências da Religião da faculdade. Vai ver é isso. Ciência precisa de um objeto de estudo. Sou mero sujeito.
Estou no nível gama e minha ração de Somma, embora alta, não me faz ver deus, nem tocá-lo, nem senti-lo. Mas se você me emprestar seus óculos, pode ser que eu o veja debruçado em minha janela como quem há muito espera. Miguilim descobrindo que existem dois mundos.
E então, me empresta? </Bia Singer> <!--2:48 PM-->
<Bia Singer> Breathing through another door
Meu querido escritor de ralos e canos adentro, nem acredito que finalmente estamos unidos pelas maravilhas da tecnologia. Soltar palavras, assim, sem pensar muito, com a música estourando os ouvidos, mesmo que esteja o mais profundo silêncio.
Aos poucos vamos ajeitando aqui e acolá nosso pequeno reduto de confidências.
Estou empolgada, amigo. Sempre que me abrem as portas para escrever mais e mais, abre-se uma frestinha por onde a felicidade sempre poderá escorrer. Aí eu não fico mais tão sozinha.
Tenho muito a escrever, mas este template vazio ainda me dá nos nervos. Vou ali colocar apetrechos que nos afofam, ok? </Bia Singer> <!--10:16 AM-->